Voltei a ler o SuperficialmenteProfundo.
Nossa, como eu me expunha! O que pus aqui até hoje é ínfimo perto das sensações que descevi lá, nos últimos meses de 2002.
Li todos os posts desse final do ano em que comecei a escrever e foi incrível me ver lá, assim, e ver que aquela sou eu mesma, ainda, e que essencialmente mudei muito pouco, quase nada.
Antes a internet era mais anônima. Eu era apenas um nome num blog, nada mais que isso. De vez em quando um nome no e-mail, ou no ICQ.
Agora temos nossa cara em todos os lugares, em todas as "redes sociais". Mal termina de ler e já se quer ver o rosto da pessoa que escreveu, saber da vida dela, associar os fatos e às pessoas ao seu grupo de amigos.
Hoje não posso explicitar algumas coisas em respeito aos envolvidos. De alguma forma a liberdade diminuiu. Prá chutar o pau eu teria mesmo que escrever sob pseudônimo e nunca vincular o endereço aos meus "perfis". Esse lado é chato, gostava de falar sem ter que me esconder. Dava pra sentir que tinha o maior orgulho em ser eu. Não que não mais o sinta, mas agora olho com outros olhos pra esse tipo de peladisse (não quis 'nudez') da alma.
As palavras têm poder, delícia de clichê, e é foda, é verdade. Como eu poderia vincular as informações mais significativas da minha vida comigo mesma e jogar aos cães as pessoas que fazem parte da minha vida?
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