sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pombas! - 1/?

Sempre alimentei uma desconfiança: a de que os pombos sabem quem sou.

Parece loucura, sei, e pode ser que seja, mas essa é uma história que vem de longe no tempo. Era uma vez...

Moro num apartamento que fica um pouco mais alto que o topo dos postes e recentemente fiz um teste. Esse teste consistia em atirar um toco de cigarro (apagado) no pombo parado no pico.

(Tenho consciência do tipo de críticas que podem formar-se aí na cabecinha singela de um possível leitor. Algo entre "brincadeira sem graça", "maldade com animais" e "poluidora sem cidadania".)

Bem, ignorando-te em partes, singelo, digo que esse era um tipo de teste tradicional, sem requintes científicos. Jogar a bituca e pronto, aguardar o resultado. Pá pum.

Não acertei, que pena!(QUE PENA!), mas nesse momento o pombo voou para o prédio da frente. Imediatamente outros pombos surgiram do bueiro, como bons ratos que são nada e de todos os lugares, e reuniram-se a ele.

Arrulhos foram ouvidos, confabularam, bem sei, e se foram.

E eis que hoje pude constatar o resultado: o parapeito da sacada do apartamento estava todo muito cagado. Há tempos que essas aves imundas haviam parado de presentear-me com suas bostinhas, e depois do ataque teste, fui impiedosamente bombardeada. Bem-feito teu cu!

Lembro de um programa que vi no Discovery sobre uma tribo de pessoas e um grupo de elefantes africanos. Havia uma rixa, quiçá milenar, entre eles. Vira e mexe (meu deus, que termo é esse?) um dos lados sofria baixa causada pelo outro, e eles iam vingando-se continuadamente.

Num dia era achado um corpo de homem, em outro, o corpo era de elefante. Apareciam, assim fodidos mortos, como numa eterna vendeta.

Não havia violência contra outrem, a parada coisa era entre eles. E ia sendo transmitida de geração à geração, via cultura e DNA.

PAUSA PARA "CARALHO!" - Que sinistrisse desses elefantes! (Que as pessoas são assim eu já sabia.)

Dito isso, quem garante que os pombos não sejam assim como os elefantes? Hein? Porque eu sou como os humanos. Minha raiva só cresceu desde o dia que tomei uma asada de pombo na cara, ou uma pombada, não sei bem.

Continua...

No ar

Boa tarde, caros e baratos!

Começo a transmissão de mais uma fase da vida...

Faz tempo que quero voltar a escrever. Muito tempo. Mas não tenho assunto...

Porém, depois de uma análise acurada, constatei que nunca tive assunto. Que eu puxava assunto ou então os caçava, como diria uma amiga.

E o que seria o tal assunto? Poderia ser qualquer coisa, né? Então, lá vamos...