quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Série: Outsourced (ooowwwnnn)

Amigos que gostam de séries: recomendo fortemente Outsourced, que passa na Warner.

Aqui vai o link para baixar todos os episódios. Infelizmente só tem essa temporada (acusações de racismo, que não vi, mas como não sou indiana... não darei pitaco). http://fileserve.com/list/gBQhA7b

Outsourced é uma série fala da terceirização de um call center de venda de produtos tipicamente americanos, que muda dos EUA para a India (ok, isso não impressiona muito).

Para gerenciar os novos funcionários e ensiná-los sobre os produtos, que não fazem nenhum sentido para eles, um gerente americano é destacado para viver na India, onde entra em colisão seus costumes yankees versus os costumes indianos.

Pessoas lindas e não loiras fazem parte do elenco, trazendo uma certa novidade aos nossos olhinhos viciados em estadunidenses. Personagens carismáticos, leveza e humor são a chave para ao término sentir-se alegre. E sotaque é o toque especial.


Sobre o choque cultural, (vou dar meu pitaco, não resisto) acho que exploram muito comicamente e ingenuamente as diferenças, e inclusive enfatizam a ignorância americana a todos os costumes e fatos que não fazem parte de sua cultura. Nesse sentido, as referências à India no The Big Bang Theory são muito mais agressivas.

Enfim, ótimo entretenimento. Acho que também passa na Record, porém dublado. Não recomendo porque faz perder muito a graça, já que um dos elementos mais deliciosos da série é o sotaque.

Se assistirem me contem o que acharam!

PS - Chorei.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Barbatapa na cara + Dica de hospedagem de gifs animados

Sabe, não posto os tais dos gifs (que eu aaaamo, miguxos!) porque nenhuma hospedagem aceita os gifs animados (gratuitamente, claro, porque pagando...).

Maaaas, descobri uma, que espero que não desativem só porque eu falei, TinyPic.

Mais simples impossível: escolha a imagem vasculhando no seu computador e clique em apocalipse upload now. Prove que não é um robô disfarçado de humano e voilà!

O padrão é "imagem". Mas têm aquelas caixinhas de seleção e você pode escolher também entre "video" e "url". Têm também opções de redimensionamento. Na dúvida, deixe default mesmo.

Aceita imagens nas extensões básicas: jpg, gif (animados também), png ou bmp.

Gera links de vídeos de até 100 Mb ou até 5 minutos, nas seguintes extensões: 3g2, 3gp, 3gp2, 3gpp, 3p, asf, avi, divx, dv, dvx, flv, moov, mov, mp4, mpeg4, mpg4, mpe, mpeg, mpg, qt, wmv, xvid, rm

E, por fim, um barbaptapa na cara da sociedade (foda-se a polícia dos memes (memês, como diria alguém)).

Image and video hosting by TinyPic

A dica de hospedagem partiu do Visual Dicas, onde destrincham o site. Clique aqui para ver todas as funcionalidades detalhadas tim tim por tim tim.

E agora:
Image and video hosting by TinyPic
"Tchaúúúúl"

O Roubo do Enfeite de Natal

Analisarei os próximos movimentos. Mas em princípio estou assistindo a uma negação.

Contei uma estória pra Sofia: disse que quando ela era bebê, eu roubei um papai noel da árvore dos zeladores, com quem tenho uma rixa, comatosa no momento. Disse que peguei um enfeitezinho e coloquei na nossa árvore, assim, por bagunça.
Objeto do roubo: um enfeite mais horroroso que esse.

É verdade. Não é o tipo de coisa para contar à cria, mas me empolguei, sacumé. É, não é o tipo de coisa de um adulto sério, mas sacumé, né?

O ponto: uns dias após a infeliz confissão larápica ela veio falar da estória, mas nela eu pegava um papai noel da nossa árvore e colocava na dos zeladores!

Apesar de internamente grata senti que era meu dever retificar a estória, e cheia de ressalvas, disse que eu havia pego o enfeite deles e não dado um dos nossos.

Mais alguns dias e, puf, de novo ela inverteu o meu conto de natal.

Vocês não conhecem minha filha, mas desde sempre ela tem uma memória invejável, MESMO, lembra de coisas de dois anos atrás, que nós adultos fazemos força para lembrar. O fato dela distorcer o ocorrido é incrível, impossível de passar despercebido.

Aparentemente ainda estou acima do bem e do mal, mesmo no caso do roubo do enfeite de natal.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A mamãe diz: "Lápis 'cor de pele' não existe"

Esses dias a Sofia repetiu uma lição que dei há um tempo, da série "A mamãe diz".

Fiquei feliz por ela ter fixado o conceito. Talvez com sua delicadeza infantil ela possa, quem sabe, difundi-lo no meio infantil.

Sempre tive nóia do 'lápis cor de pele'. Quando era criança, não entendia porque caralhos aquilo era cor de pele. Era rosa, um rosa esmaecido, quase triste, quase não deixava marcas no papel. Um lápis chato. Com um conceito ininteligível: "cor de pele".

O famigerado. "Cor de pele" de quem, cara pálida?

Eu via várias cores de pele. Até então no meu mundinho pele era de pessoa, e era pele. Acho que nem pensava em "pele" de bicho. E aquela cor não representava a minha pele. Então do que sou coberta? Não é pele? Não tem cor de pele!

Então, o dia que a Sofia veio com o lápis cor de pele, tudo veio à tona e numa tranquila, numa nice, numa boa, fiz com que ela questionasse esse conceito. Olhar a pele dela, a minha, do pai, dos amigos e ver se existia apenas uma cor de pele.

Ela voltar meses depois falando do conceito incorreto do lápis, com a propriedade de quem internalizou uma boa ideia, não teve preço.

Não sei se é onde começa de fato, mas o preconceito passa pela linguagem como um furacão e dispõe ideias fechadas e duras, difíceis de se livrar. Onde pudermos começar a quebrá-lo está bem.

Ah, finalizava, mas lembrei de outra coisa que só pensei depois de adulta, porque ainda não se chamava dessa forma babaca. Antes era "creme", "cor de burro quando foge", sei lá, mas não era "nude". Devia ser também o famigerado "cor de pele".

Man@s, se eu puser uma porra de vestido nude não vou parecer nude nem aqui nem na China. Uma mulher mais negra que eu de nude? Poupem-me.

"Nude". Nem aproximadamente.


Se isso não é uma ideia com um péssimo conceito por trás, não sei o que é. É até não reparado por muitos, ou negado veementemente por outros ou ainda apontado como "perseguição" por acéfalos, porém está ali.

Não estou dizendo que pregam o racismo declarado, mas pregam um conceito violentamente excludente, que não deixa de fazer seu mal e em conjunto com outras ideias poucos louváveis poderá transformar-se em preconceito.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Músicas_Nóias 1 - My Sharona

Todo mundo sabe, e quem não sabe vai saber nos próximos segundos se continuar lendo, que eu coleciono covers de algumas músicas específicas.

São músicas que eu gosto muito por um motivo ou outro, no mais puro estilo eclético, contradições mesmo.

A primeira música da série "Músicas_Nóias" (nome da pasta onde elas residem desde que a mania se estabeleceu, em 2004) é My Sharona do The Knacks.



O cover da vez é do Leningrad Cowboys.
Parece mais engraçadinho. Não ouvi mais nada deles.


E um bônus dos Simpsons, que foi onde redescobri esse som:


Para quem quiser baixar o original do The Knack ou a versão cover do Leningrad Cowboys, é só clicar.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Suficiente

Quero dedicar um texto mais longo ao Instituto Lohan, que certamente marcou meu ano de uma forma altamente positiva.

Mas hoje só quero dizer que gosto muito de estar lá. Sinto-me realmente bem, pertencente, ou melhor, sinto que lá é um lugar onde há vaga para mim se eu quiser fazer parte. E que depende de mim e do meu esforço para que a sequência se inicie.


E é também onde eu sinto que o que eu posso fazer é suficientemente bom. Não o desempenho em si, mas o fato de ser tudo o que eu posso fazer.

A ignorância ser aceita, reconhecida como parte do caminho do aprendizado e não como uma falha, como se tudo já tivesse que estar internalizado e compreendido, é um anseio satisfeito. Sou aluna, gosto de ser aluna, quero mesmo sempre aprender.

Sinto-me feliz lá. E depois de ter estado lá. E achei que isso era mesmo uma definição de um momento de felicidade: "quando tudo o que você pode fazer é o suficiente". 

E esse é apenas, APENAS, veja bem, um dos benefícios de frequentar o Lohan. Agradeço imensamente essa oportunidade de aprender.

Dos inimigos femininos (ou Um d'Os inimigos humanos): Os estereótipos

Nada mais injusto do que perder o início mesmo estando presente. Talvez não 'nada maaaais', mas é injusto.

(Uma das imagens que recebi foi a de uma platéia que já decorou o espetáculo, que antevê cada movimento e fala, e já sabe a constituição definida do caráter contido na personagem, previamente definida pelo autor.)

É assim que sinto o estereótipo. É por uma rápida análise o meu espectador comportar-se como a platéia da minha imagem, mas sem nunca ter visto o espetáculo. E errando miseravelmente.

Acontece com todos, têm de todos os tipos, é uma luta vencê-los, e essa é uma luta boa de lutar todos os dias. Pesada sim - alguns dos estereótipos podem ser realmente perturbadores - mas por necessária e com condições para, uma boa luta, com uma boa finalidade.

Não vou listar nenhum tipo de estereótipo bizarro, para a infelicidade de alguns deleitosos do gênero. Mas é fato que a existência deles tolhe a liberdade de expressão.

O próprio indivíduo não se sente a vontade para misturar os tipos existentes, ditos não 'casáveis', temendo formar-se um frankenstein social e não pertencer a grupo algum (o que realmente acontece).

Imagem cedida gentilmente pelo artista, Blake  Behrens. Thanks, Blake! 

O engraçado é que, a meu ver, esses seres híbridos acabam encontrando-se, porém realmente não formando grupo algum mas relacionando-se de forma individual.

E aí, chegando a uma questão de análise por gênero, acredito que nós mulheres soframos muito mais os efeitos do estereótipo que os machos, uma vez que eles esbarram na questão de direitos individuais e liberdades não concedidas. O uso do estereótipo é feito para justificar até a violência sexual (acredito também que possa acontecer com homens e mulheres homossexuais num ambiente de predominante machismo), o que é gravíssimo. Eis um bom porquê do estereótipo ser um grande inimigo.

Num âmbito menor,  chegamos à lenda da mulher ser pior condutora. Que gostaria de estar dizendo aqui que isso é um saco, que eu dirijo pra caralho, e que posso atestar ser mentira. Na prática, "dar aquela lutadinha".

Mas aí, juro, a primeira coisa que senti quando porrei o carro foi que estava prestando um desserviço à classe. E o choro sequencial, ainda outro. E a manha ao dizer que não queria nunca mais brincar daquilo dirigir novamente, mais um.

No momento do ocorrido, a sensação que tive foi como se eu tivesse dado ré jogando Daytona. Porque não tem ré, rá. Então quando foi indo, indo, aumentando a velocidade, e eu pisando em tudo quanto é porra naquele buraco lá embaixo, eu não conseguia acreditar. Minha mente recusava-se a processar aquela cena indizível. Indizível. Algo sob meu controle saindo totalmente do meu controle. Fisicamente acontecendo!

Não sei, sinceramente, se depois do estrondo eu continuei pisando em alguma coisa. Mas quando vi o estado da traseira, pensei instantaneamente num carro jogado numa máquina de compactação e saindo de lá como uma forma cúbica perfeita, à la desenho animado.

Mas registro que no mesmo dia voltei ao volante e hoje novamente e não pretendo me deixar abater. Mas por precaução não seria mal acolchoarem todos os postes enquanto eu não aprendo bem direitinho.

Às boas condutoras lutadoras, minhas sinceras desculpas, esforçar-me-ei mais.