segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

inho

Hoje saí rindo para almoçar e o porque era tão singelo e meigo que vale até registrar.

Em frente ao meu trabalho há a praça redonda, o lugar onde já deixei dois bifes do meu joelho ao cair do skate numa descida íngreme, num passado mais ou menos distante.

Comprei um xisburgui do mc, uma coca de 250 ml de lata, dois doces de leite e saí toda alegrinha caminhando rumo à praça redonda, para sentar num banquinho, ler meu livrinho, comer meu sanduichinho e fumar meu cigarrinho (enquando ainda posso fazê-lo).

E assim tem sido diariamente. É a hora de almoço dos sonhos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vulnerabilidade (a gente vê por aqui)

Passei 5 anos em Avalon. Nas brumas de Avalon. E agora resolvi deixar aquele mundo lindo e mágico entre as névoas e enfrentar a vida real aqui em Camelot, ops, São Paulo.

Na segunda feira comecei num novo emprego, coisa que eu nem lembrava mais como era.

Na minha casa em menos tempo eu trampava muito mais do que aqui o dia todo. É assim.

Domingo a noite bateu um desespero, dividido em 3 partes:
- não queria deixar minha filhinha sozinha em Avalon
- não sabia mais interagir com pessoas, ogra mesmo, ou melhor, ermitã
- medo de ser uma fraude. Explico: alguém me pedir algo básico e eu não saber fazer.

Mas na segunda, às 6 e 55, lá estava eu acordando (milagre!), me arrumando, arrumando a Sofia, fazendo café da manhã e depois levando-a à escola, para depois vir conhecer meu destino. Coidiloco.

Cheguei e a primeira tarefa foi amaciar as garotas, o que eu acho sempre mais difícil. Fui simpática (não sabia que ainda o sabia ser) e elas responderam bem ao meu comportamento. Tenho muitas dificuldades com mulheres, mas fica pra outro dia, é um assunto bem complexo.

Agora estamos no fim do expediente já da quinta feira, e até agora tudo correu bem e eu não fui desmascarada. Digo isso porque não me sinto tão segura, como normalmente costumava me sentir em qualquer trabalho, visto que de certa forma a nova profissão ainda é o que é, nova para mim. Consegui fazer o que foi pedido (não tão rápido), mas consegui.

Para mim, acostumada a comandar, dominar minha própria vida, essa vulnerabilidade é uma faca eternamente enfiada... onde? Nem sei. E poupem-me de gracinhas.

Engraçado é que refletindo agora, faz tempo que eu não dominava minha vida. Esse momento de vulnerabilidade está chegando justamente por eu estar em controle da minha vida, mandando ela para outro lugar que não meu reino de brumas. Contradições básicas.

De qualquer modo, é isso. Tudo mudou. Agora vejo o quanto mudei e o quanto permaneço igual.

Estou dando boas vindas ao mundo e espero que a recíproca seja verdadeira.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

2010 se foi (ou O ano em que virei fã do Rush)

Esse ano voou. Mesmo. Não fiz nada, ou não lembro de ter feito... só vivi.

Dentro desse "vivi" estão as coisas básicas: amei, trabalhei, cuidei e fui cuidada.

E ainda mais dentro desse viver, fiz coisas que não imaginaria fazer – ou coisas que talvez eu costume fazer numa realidade alternativa.

Vi minha filha dançar na festa de fim de ano e cantar músicas de Natal que desgosto, mas que quando saíram da boca dela viraram uma ode à beleza.

A vi dançar na festa junina, lindamente, minha pequena pupila dançarina (a única herança que tenho para ela é a dança instintiva e grandes saltos em escadarias, que ela aceitou com alegria).

Fui à escola na comemoração do dia das mães, orgulhar-me e deixá-la orgulhosa (ainda) de mim. Dançamos forró (!) juntinhas, com ela pendurada no meu pescoço, no meu colo, a pequena gorduchinha magrelinha.

Apresentamos várias músicas e músicos à ela, que tem mania de batucar com a boca (tumtumpá tumtumtumpá, tumtumtum tumtumtumpá) e já é fã do Queen, tendo Bycicle Race como sua música preferida deles no momento.

Junto com ela conheci Telephone da Lady Gaga e depois a versão do Glee, que ela preferiu à original. Dançamos muitas vezes até acabar o (meu) fôlego, fizemos versões de músicas, jogamos jogos, comemos (muito), brincamos, nos abraçamos e nos beijamos.

2010 é relativo aos últimos minutos de um sonho, em que eu vivia num lugar mágico junto com uma fadinha.

2010 vai deixar saudades. Já deixou. Basicamente estou controlando as lágrimas nesse momento. Acordar é foda.

E então, como quem não quer nada, 2010 ressuscitou algo há muito perdido, que eu pensava que nunca mais encontraria: o gosto por omeletes. Virei fã de omelete. Mas não foi só isso...

Indo por essa via, 2010 trouxe uma surpresa ainda maior: eu era fã de Rush e não sabia. Ok, conhecia uns hits, mas depois que assisti um documentário no Multishow sobre o Rush, virei "fã" automaticamente, e segundo eu mesma,  mesmo que nunca mais ouvisse um som dos felas, seria fã, FÃ.

O documentário exibia as músicas traduzidas (amei essas letras) e assim fui tocada pelo Neil (íntima) e consequentemente pelo Geddy Lee e pelo loirinho (coitado, nem me dei o trabalho de guardar o nome dele).

E assim começou a jornada em busca de sons que levaram-me à Villa Strangiata e YYZ, que descobri já ter ouvido antes com o Dream Theater. E no meio dessa porra toda, descobri o som embala minha vida desde então: Secret Touch. Você pode ouvir aqui.

É lógico que o ano não teve só coisas boas. Mas o que é ruim não adianta guardar.

postagem teste (via-email)

Oi, será que foi?