segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Falando em Lady Gaga...

Todas as tardes quando busco a Sofia na escola passamos frente a uma igreja, que tem em sua frente um homenzinho que zela pelos carros que estacionam por ali.

Na verdade esse cargo é mais algo honorário, uma vez que ele não poderia fazer nada para resolver uma situação de perigo, um assalto, por exemplo.

Então, esse homenzinho, que por convenção chamaria de Zé, e agora já tenho quase certeza de que é esse mesmo seu nome, passa as tardes a conversar com os passantes e a tocar sua flauta doce (mesmo!). Sentado em sua cadeira, ele vai mudando de lugar de acordo com a movimentação do sol, escondendo-se na sombra das árvores que assim o permitem.

Ele é dono de uma cadelinha, daquelas cor de frango assado e bem pequenininhas, de crânio bem definido, pelagem curta. Aliás esse lance do crânio ser bem definido é um tanto assustador. Ao olhar sua carinha, você vê rapidamente a pequena caixinha furada que está dentro daquela pele esticada.

Bem, o nome dessa belezura é Lady, muito simpática e mansinha. Nunca a vi latir (ponto prá ela!), enfim, uma lady. Até então pensava que era uma senhorita solteira, sem cria. Na verdade, não pensava nada, nunca havia feito tal consideração.

Eis que numa dessas voltas da escola, ao ver algo que pareceria uma miragem a seus olhos infantis, DUAS cadelas cor de frango, idênticas, que descobrimos depois ser mãe e filha, minha pequena Sofia lança: "Olha mãe! A Lady e a Gaga!!".

Risadas, aquela cara infantil de quem sabe que fez uma piada, uma observação engraçada. O brilho da consciência que reflete nos olhos, que mostra que há vida inteligente dentro da cabeça bonita. A conquista da percepção, da personalidade, da vivacidade.

É uma novata com seus 4 anos de caminhada, vencendo e aprendendo a ser.

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