quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

2010 se foi (ou O ano em que virei fã do Rush)

Esse ano voou. Mesmo. Não fiz nada, ou não lembro de ter feito... só vivi.

Dentro desse "vivi" estão as coisas básicas: amei, trabalhei, cuidei e fui cuidada.

E ainda mais dentro desse viver, fiz coisas que não imaginaria fazer – ou coisas que talvez eu costume fazer numa realidade alternativa.

Vi minha filha dançar na festa de fim de ano e cantar músicas de Natal que desgosto, mas que quando saíram da boca dela viraram uma ode à beleza.

A vi dançar na festa junina, lindamente, minha pequena pupila dançarina (a única herança que tenho para ela é a dança instintiva e grandes saltos em escadarias, que ela aceitou com alegria).

Fui à escola na comemoração do dia das mães, orgulhar-me e deixá-la orgulhosa (ainda) de mim. Dançamos forró (!) juntinhas, com ela pendurada no meu pescoço, no meu colo, a pequena gorduchinha magrelinha.

Apresentamos várias músicas e músicos à ela, que tem mania de batucar com a boca (tumtumpá tumtumtumpá, tumtumtum tumtumtumpá) e já é fã do Queen, tendo Bycicle Race como sua música preferida deles no momento.

Junto com ela conheci Telephone da Lady Gaga e depois a versão do Glee, que ela preferiu à original. Dançamos muitas vezes até acabar o (meu) fôlego, fizemos versões de músicas, jogamos jogos, comemos (muito), brincamos, nos abraçamos e nos beijamos.

2010 é relativo aos últimos minutos de um sonho, em que eu vivia num lugar mágico junto com uma fadinha.

2010 vai deixar saudades. Já deixou. Basicamente estou controlando as lágrimas nesse momento. Acordar é foda.

E então, como quem não quer nada, 2010 ressuscitou algo há muito perdido, que eu pensava que nunca mais encontraria: o gosto por omeletes. Virei fã de omelete. Mas não foi só isso...

Indo por essa via, 2010 trouxe uma surpresa ainda maior: eu era fã de Rush e não sabia. Ok, conhecia uns hits, mas depois que assisti um documentário no Multishow sobre o Rush, virei "fã" automaticamente, e segundo eu mesma,  mesmo que nunca mais ouvisse um som dos felas, seria fã, FÃ.

O documentário exibia as músicas traduzidas (amei essas letras) e assim fui tocada pelo Neil (íntima) e consequentemente pelo Geddy Lee e pelo loirinho (coitado, nem me dei o trabalho de guardar o nome dele).

E assim começou a jornada em busca de sons que levaram-me à Villa Strangiata e YYZ, que descobri já ter ouvido antes com o Dream Theater. E no meio dessa porra toda, descobri o som embala minha vida desde então: Secret Touch. Você pode ouvir aqui.

É lógico que o ano não teve só coisas boas. Mas o que é ruim não adianta guardar.

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